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Novo quarto. Nova lua. Tantos espelhos. Quatro lâmpadas, quatro paredes, quatro cantos. Olho-me, absurdas fundas marcas. Não percebi o fardo do tempo? - Vinte e quatro anos, tudo novo, tão velha. Vai andar com gente da sua idade! - grita meu pai. “Não observais por acaso, a pessoa melancólicas, mergulhadas na filosofia e nas dificuldades de suas ocupações, quase toda envelhecidas sem antes goz ar de sua juventude.” Já não saio. Não fico. Troco tudo, a banda, toda gente, as luzes, os amantes. Escolho sempre um pedaço de papel plastificado. Duro, fino, difícil de entrar. A rua, o céu, a fumaça, tudo é cinza escuro, as roupas já não mais vestem estampas, tudo é turvo, se misturam as máscaras, as formas. Meus óculos coloridos? Finquei no mato. Não engulo, sentada na praça embaixo de uma resistente árvore perto dos mijos a cidade só me serve para banalizar questões. Embaço, lanço tudo na cortina. Olho-me, não sei se faço. Quando foi que fiquei tão inerte? E exigente? - Vinte e quatro an
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gratililith por me ensinar tanto; que vale mais amar a mulher aqui do que estar em paz a importância de viver a bruxana que é preciso mergulhar na nossa obscuridade usar nossas sombras brincar com fogo fazer fogos  enlouquecer a si e aos outros gratililith por me mostrar; que tudo isso é luta solução não tem papo se meu papo tá inchado sangrando vivo tem grito que posso bater meus peitos e meus pelos se me calam com uma flor e mesmo assim nunca paramos  de florescer gratililith por sempre permitir; me perdoar e te amar de novo, de novo, e de novo se faço isso por ti faço por mim faço por todas
O problema nunca foi aquela transa ardida de gostar O problema nunca foi eu ainda te amar Olhando o chão Rebolando os olhos Dissolvendo os foscos azulejos O problema nunca foi por algumas horas viver em chamas A fluidez dos quadris A surpresa afogada A cozinha A lambida Em cima da pia Em cima Embaixo De lado E as gotas de orvalho nos pêlos O problema nunca foi aquela tigrada nas costas O rasgão na minha cintura Ou a palma da tua mão resistente uma semana na minha coxa Nem minha língua áspera te passeando Trilhando doce tuas bocas O problema foi eu te cobrar a minha força E eu te cobrar a minha garganta E eu te cobrar meus sulcos E sentar E querer sempre mais E querer a minha voz Indo Vindo Me virando O problema sempre foi você arder sem gostar E sempre me odiar Você sabe que nunca Nunca conseguirá me amar Pois você não me chama Não me suporta Ainda é dia nove Desse mês Já o terceiro na minha cama E não adianta eu te contar Que eu quero De quat
salve nua ave repousa sobre meu ente sem peso é sua pena suave afável mestra minha ave amaravá leva meu poente paira sem plumagem  me asa sob o éter rompe sossegada me azeda mente crava no ar  minh'alma terrestre simplifica o existir o saber de entender viver só é cá me amar de novo e de novo reescrever cantar de novo e de novo banhos quentes de perdão e de novo banhos frios de ação suave ave me traz leve? pr'eu pousar certeira no bico fino do grito afiado que é minha vida cheia manha de lança cortante cuidada em nome do amor e se a Deusa quiser e ela há de querer ser ei ar passarola sem vestes na ponta da cheiro já sentir mestre aquilo não é é peste!